quarta-feira, janeiro 28, 2009

"Uma equipa. Um texto. Um blog."


“Era uma vez um menino chamado Beatrízio. Entrara numa escola nova pela primeira vez este ano.
Vestia-se de forma despreocupada, não se importando com a opinião alheia. Trazia umas calças largas às riscas verdes e amarelas, uma camisa rosa-choque e uma sapatilha de cada cor, uma castanha e uma branca.
Ao aproximar-se do átrio, sentia os olhares reprovadores dos outros à sua volta… Chegando à sala, expectante pelas novas caras que o iriam acompanhar o resto do ano, ouviu um burburinho dos colegas e viu o desprezo estampado nas suas caras. Estaria já excluído…
Os dias passavam e ninguém o tentava conhecer com a excepção de uma rapariga que timidamente o olhava todos os dias, não passando disso, até que um dia, perdendo a vergonha, dirigiu-se a ele e de maneira simpática disse ‘Olá’, ouvindo por trás burburinhos de gozo por parte de toda a gente. Ignorando tudo o que a rodeava, limitando-se apenas a conhecer o interior dele.
A cada intervalo que passava, a cumplicidade aumentava acabando por se tornar grandes amigos.
Os burburinhos continuavam até ao dia, em que Margaret enfrentou a turma:
- O interior dele vale muito mais que qualquer roupa de marca que vocês possam usar!”


Na teoria, o interior é o que conta mas, na prática nem sempre é assim. Não devíamos julgar tanto as pessoas pela aparência física, porque, muitas vezes: “A vaidade é o exterior que cobre o interior vazio”.


Equipa Comercial I

15 comentários:

Anónimo disse...

É de informar que este desenho foi feito pela Mariana, é o nosso Beatrízio. *.*

Anónimo disse...

adoro o texto e adoro o desenho *.*

Anónimo disse...

o desenho está mesmo bonito *.*
claro que o texto também está bonito, é que a teoria é muito bonita mas a prática...

Anónimo disse...

la esta mariana, com tudo podemos sonhar, mas se fosse mos para a escola como o rapaz iamos ser objecto d gozo durante muito tempo
(que tal irmos todos para a escola um dia assim vestidos?)

Anónimo disse...

Sim, se fôssemos assim para a escola éramos olhados de lado por todos.. A teoria é muito bonita e devemos pô-la em prática :)

(a nossa equipa é realmente boa) 8D

Anónimo disse...

Grande equipa, grande texto, grande conclusão :)
Sim pessoal, temos que passar da teoria à prática ..

Rafa disse...

...eu não gosto de ser do contra...mas voces sabem que o mais certo era ele se vir a dar unicamente com o "nerd" da turma, não sabem? ...todas as turmas têm pessoas como o Beatrízio...só que normalmente usam roupa normal...

...todos somos vazios e todos somos vaidosos, so mostrando o que queremos mostrar, filtrando-nos a nós aos olhos dos outros...

...assim sendo...respondam-me a isto..."não seremos todos Beatrízeos?" ...à espera que alguém venha ter connosco em vez de irmos nós ter com a pessoa?vestindo o que nos dá na gana...procurando constantemente criar laços?

ps- bom texto COMERCIAL 1. Parabéns ;D

Anónimo disse...

Sim rafa. Acho que somos todos um pouco beatrízeos.
Falo por mim. a quantidade de vezes que fico a espera que venham ter comigo em vez de ser eu a dar esses passo.

Também acho que por vezes devemos esperar, para que alguem possa ter a oportunidade de dar esses passo e vir ter connosco.

O texto está muito bom. e o desenho tambem!

Anónimo disse...

Gostei muito do texto :)
E sim, todos sabemos q nao devemos ligar as aparencias mas sempre q aparece alguem 'diferente' de nós, nao resistimos, olhamos e comentamos. Se esta errado, ha q mudar.

:)

Anónimo disse...

Esta equipa é fenomenal. :'D

Anónimo disse...

orgulho :)

Anónimo disse...

hummm...
pois, eu cá, que nao sou muito de ficar à espera, desculpem mas sou só metade BeatrIzio ou BeatrizEo.

se ficarmos à espera, parece que somos demasiado passivos, que nao temos identidade, porque gostamos de todo o tipo de pessoas.
Na verdade nao gostamos e nao faz mal, desde que nao a estigmatizemos por isso.
Se nos dizemos amigos do Outro e que gostamos muito de ajudar, como o fazemos se nem arriscamos conhecer o que está perto?

quanto a isso das aparências... bem, as frases do costume, nao é? dizemos mas nao fazemos, pensamos mas nao agimos, aconselhamos mas sao sempre conselhos só para os outros.

vemos um gótico na rua, ou um ucraniano e surgem logo piadas na nossa cabeça.

nao vamos mais longe, uma colega de turma veio hoje com uma calças que nao sao de ganga e pronto, "está pindérica".

dizem-nos para estarmos atentos ao mundo que nos rodeia, para "usarmos os sentidos para termos uma melhor percepçao do mundo real".
Pois claro que o fazemos, mas é sempre sem REPARARMOS naquilo que está para além daquilo que se vê, somos demasiado lunáticos. Diria mais, somos pouco criticos.

Nao, nao esse "criticos" pindérico e egocentrico, mas um daqueles que tenta perceber o Outro, as suas crenças, as suas "Fé´s", os seus valores, as tais bases que o permitem traçar caminhos e escolhas. Usamos muito pouco a escuta activa, um olhar mais atenta AO QUE INTERESSA.

Nao digo que a culpa é das marcas.
Essas foram criadas para se olhar para elas, para marcar diferenças, para dar lucros, negócios, problemas ou até alegrias a alguém que as recebe como prenda de Natal. Nao sao más, nós é que as pinta-mos com cores escuras.

Usem marcas, se tiverem dinheiro, dizem até que têm mais qualidade.

Mas nao deixem por isso de ir à Feira, o mercado fantástico das roupas baratinhas (algumas...), o lugar onde encontramos sempre alguma coisa que andávamos à procura à tanto tempo que já nem tinhamos Esperança de encontrar, ou onde há sempre alguma coisa que nos parece ser a peça perfeita para nós.

As marcas, meus qeridos, nunca esconderão quem somos. Nao percam tempo a achar que sim. Por isso é que nao sao más.

o Beatrizio nao procurou ninguem, é verdade, mas nao sabemos se se sentia bem ou mal por isso, nao sabemos se era timido, se tinha amigos para além da turma dele, se gostava de rock ou ópera, se via a ovelha xoné, se roia unhas, se naquele primeiro dia de aulas foi sozinho para escola porque os pais estao separados.

nao sabemos nada, mas mesmo assim a nossa primeira reacçao é achar
que ou ele era tótó, ou eram os outros ou simplesmente que o diferente é sempre tratado de forma nao igual.

Qual é o mal da aparência?
o mal está em nós que teimamos em nao ver para além disso.

a aparência marca limites, deixa-nos perceber com quem nos poderemos identificar, que gostávamos de conhecer, quem nao anda bem. Serve como primeiros pensamentos, é primeira fase, digamos assim.

volto a dizer, meus queridos adolescentes, que essa é a única linguagem que temos disponivel para nos darmos a conhecer, é a única forma que temos para chegarmos aos outros.

há outra? pois, deve haver, mas é a que dá trabalho, a que precisa de tempo.

Mas é, a meu ver, a melhor, porque foi com ela que conseguimos os Amigos que temos no coraçao, que temos as pessoas que dizemos que conhecemos, que estão perto, que nos cantam ao ouvido num dia menos bom.

Comunicamos com gestos, atitudes, aparência.

nao há assim tanto mal nisso.

como militantes deveriamos ver para além delas, aprender a faze-lo.
Irmos para além da primeira fase.

Portai-vos bem.

Anónimo disse...

hummm...
pois, eu cá, que nao sou muito de ficar à espera, desculpem mas sou só metade BeatrIzio ou BeatrizEo.

se ficarmos à espera, parece que somos demasiado passivos, que nao temos identidade, porque gostamos de todo o tipo de pessoas.
Na verdade nao gostamos e nao faz mal, desde que nao a estigmatizemos por isso.
Se nos dizemos amigos do Outro e que gostamos muito de ajudar, como o fazemos se nem arriscamos conhecer o que está perto?

quanto a isso das aparências... bem, as frases do costume, nao é? dizemos mas nao fazemos, pensamos mas nao agimos, aconselhamos mas sao sempre conselhos só para os outros.

vemos um gótico na rua, ou um ucraniano e surgem logo piadas na nossa cabeça.

nao vamos mais longe, uma colega de turma veio hoje com uma calças que nao sao de ganga e pronto, "está pindérica".

dizem-nos para estarmos atentos ao mundo que nos rodeia, para "usarmos os sentidos para termos uma melhor percepçao do mundo real".
Pois claro que o fazemos, mas é sempre sem REPARARMOS naquilo que está para além daquilo que se vê, somos demasiado lunáticos. Diria mais, somos pouco criticos.

Nao, nao esse "criticos" pindérico e egocentrico, mas um daqueles que tenta perceber o Outro, as suas crenças, as suas "Fé´s", os seus valores, as tais bases que o permitem traçar caminhos e escolhas. Usamos muito pouco a escuta activa, um olhar mais atenta AO QUE INTERESSA.

Nao digo que a culpa é das marcas.
Essas foram criadas para se olhar para elas, para marcar diferenças, para dar lucros, negócios, problemas ou até alegrias a alguém que as recebe como prenda de Natal. Nao sao más, nós é que as pinta-mos com cores escuras.

Usem marcas, se tiverem dinheiro, dizem até que têm mais qualidade.

Mas nao deixem por isso de ir à Feira, o mercado fantástico das roupas baratinhas (algumas...), o lugar onde encontramos sempre alguma coisa que andávamos à procura à tanto tempo que já nem tinhamos Esperança de encontrar, ou onde há sempre alguma coisa que nos parece ser a peça perfeita para nós.

As marcas, meus qeridos, nunca esconderão quem somos. Nao percam tempo a achar que sim. Por isso é que nao sao más.

o Beatrizio nao procurou ninguem, é verdade, mas nao sabemos se se sentia bem ou mal por isso, nao sabemos se era timido, se tinha amigos para além da turma dele, se gostava de rock ou ópera, se via a ovelha xoné, se roia unhas, se naquele primeiro dia de aulas foi sozinho para escola porque os pais estao separados.

nao sabemos nada, mas mesmo assim a nossa primeira reacçao é achar
que ou ele era tótó, ou eram os outros ou simplesmente que o diferente é sempre tratado de forma nao igual.

Qual é o mal da aparência?
o mal está em nós que teimamos em nao ver para além disso.

a aparência marca limites, deixa-nos perceber com quem nos poderemos identificar, que gostávamos de conhecer, quem nao anda bem. Serve como primeiros pensamentos, é primeira fase, digamos assim.

volto a dizer, meus queridos adolescentes, que essa é a única linguagem que temos disponivel para nos darmos a conhecer, é a única forma que temos para chegarmos aos outros.

há outra? pois, deve haver, mas é a que dá trabalho, a que precisa de tempo.

Mas é, a meu ver, a melhor, porque foi com ela que conseguimos os Amigos que temos no coraçao, que temos as pessoas que dizemos que conhecemos, que estão perto, que nos cantam ao ouvido num dia menos bom.

Comunicamos com gestos, atitudes, aparência.

nao há assim tanto mal nisso.

como militantes deveriamos ver para além delas, aprender a faze-lo.
Irmos para além da primeira fase.

Portai-vos bem.

Rafa disse...

Pessoal do SEBS...só pra vós :)

www.mce-ccp.blogspot.com

ps- fifi...grande desabafo, mas concordo com a maioria do que disses-te...acrescento ainda que se ele não fosse diferente, se calhar a pergunta não seria "porquê?" mas "Quem é o Beatrizio?"

bjs e huggs

rafa

Anónimo disse...

Desabafinho! eheh.

Muito bem Fifi :P