Agosto de 2008
Querido diário,
Naquela terra longínqua, naquele monte distante, naquele espaço importante, naquela semana tão esperada por todos, naquela família acolhedora, naquele dia único, naquele momento, naquele silêncio profundo … senti que algo iria mudar. A partida de uma pessoa, tão sensível mas ao mesmo tempo tão confiante e determinada como ela, estava a chegar.
Sem dúvida que deixou muitas marcas em todos nós, sem duvida que ninguém ali presente queria que ela fosse…mas como alguém disse, “Quando se fecha uma porta…abre-se uma janela!”
Todas aquelas lágrimas que escorriam no meu rosto, todo aquele sofrimento misturado com saudade estavam a deitar-me abaixo, estava frágil, carente … estava mal! Adormeci ao olhar as estrelas que tanto brilhavam, naquele chão húmido, naquele sítio mágico, rodeada de pessoas tão importantes para mim. O sol nasceu, e com ele um novo dia começou! Acordei, olhei, senti! Era ela e só ela que permanecia no meu pensamento.
Passou algum tempo…orámos, cantamos, vivemos, sentimos, agradecemos, pensamos, choramos… e disse-me “Nunca te abandonarei”. Mais do que um ser, aquela pessoa é uma amiga, um “pastor” com quem eu sei que posso contar, SEMPRE, nesta terra ou noutra, aqui ou ali, ela vai estar sempre presente.
Como a música diz: “Um amigo é um bem, um tesouro que se tem!” e este tesouro eu vou guardá-lo no sítio mais extraordinário que existe, no coração … no pensamento.
Naquela terra longínqua, naquele monte distante, naquele espaço importante, naquela semana tão esperada por todos, naquela família acolhedora, naquele dia único, naquele momento, naquele silêncio profundo … eu senti a falta dela.
