quarta-feira, janeiro 16, 2008

"Uma Equipa. Um Texto. Um Blog"

A necessidade de ser educador e disponibilidade de ser educado...

Dia após dia.. vez após vez... existem situações , em que julgamos que alguém ou nós mesmos, não teve em consideração todas as possibilidades e/ou consequências dos seus actos ou pensamentos...
Dia após dia... vez após vez... ocorrem situações que poderiam ser melhoradas...
Dia após dia... vez após vez... existem pessoas condenadas ao encarceramento precoce e em espaço reduzido ou nulo só porque não ousaram
Dia após dia... vez após vez...
O problema é que teimam em não haver outros dias... o problema é que teimam não haver outras vezes...
Existe actualmente uma capacidade de aceitar ser ensinado e um orgulho crescente, por vezes cego e desmesurado de querer ensinar. Onde está, ao fim ao cabo a humildade de escrever a vida num quadro de ardósia, usando giz, e por vezes apagador? Porque é que ela deu origem a petulância de escrever um papel usando caneta, sem quere levantar os olhos e ver que existem correctores?
Há quem diga que só duas pessoas são verdadeiramente felizes... uma criança... e um idoso... será? Ou será que são os únicos que não estão presos ao tabu de assumirem que não sabem, que não dominam, que não conhecem, que não compreendem? Qual é, e porque existe a necessidade de uma parede, fria, incontornável... de pura e simplesmente... deixar-se ensinar... Quanto mais não seja pela criança que ainda acha piada ao ovo kinder ou pelo idoso que vê prazer quando lhe salta a placa...
Podemos melhorar? podemos ousar? podmos aprender?
Nós... em equipa... sabemos que sim... e que no dia em que o orgulho toldar a nossa aprendizagem ou felicidade... seremos também aprendizes... mas da amargura

SUPERIOR I

4 comentários:

*Vanessa* disse...

Relmente tinham razão Cheila e Te: grande texto! Fiquei a pensar (o que só por ai mostra a qualidade de um texto)...lembrei-me da nossa temática do ENSES: escolhes? Atraves-te a ousar? Vais na onda ou remas contra a maré?...outra ideia que me surgiu é que me parece haver uma escassez de perfeccionismo nas nossas atitudes e acções, num desejo de as tornamos cada vez melhores e de agirmos naquela ingenuidade, como falaram, sem medo de errar e de não corresponder a determinadas expectativas..Vou levar o texto para a minha equipa reflectir, com os respectivos direitos de autor, claro :)

Beijinhos***

P.s - Cheila, afinal o endereço do blog do Porto já está bem :)

disse...

SUPERIOR 1 we rock...Agr quero ver discussao sobre isto maltinha!!toca a dar as vossas opinioes!

Bjs e abraços

Rafa disse...

Eu tenho de concordar com a Vanessa um pouco, afinal de contas parece que as pessoas "jogam" sempre pelo seguro. Parece que reagem, não agem, deve ser por ser mais fácil fazer algo que não saia dos parametros sociais, ou não choque, do que propriamente superarmo-nos a nós proprios, arriscar fazer melhor...e se não for pedir demasiado, arriscar a fazer nmais também...
"Vive toda a tua vida como se estivesses a ser filmado" não ha ninguem que diga que tens de ser santo, mas também nao ha ninguem a obrigar-te a ser besta :)

Andreiita disse...

Isto fez-me lembrar uma frase de uma oração que diz qualquer coisa como "Que eu me permita ensinar o pouco que sei e aprender o muito que nao sei" ...
Que possamos nós ter o dom da humildade que têm crianças e idosos como voçês dizem...
Mas esta é a vida, a vida dos orgulhos, dos passos em falso, dos erros com os quais aprendemos (como estamos fartos de ouvir e sedentos de o saber de facto realmente); a vida do «poderia ter feito mas nao fiz» do «ahhh se eu tivesse feito» dos «se's» eternos que nao passam de hipoteses que, na maior parte das vezes, nao sao lembradas em tempo util; a vida das metamorfoses em que por vezes somos casulo e encarceramo-nos em nós mesmos e outras em que somos borboleta. Talvez o problema não é não haverem novos dias, novas vezes, o problema é não
existirem novas formas de pensar e de agir.
Texto fantastico o vosso... Parabéns * =)